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quinta-feira, outubro 19, 2006

Sou tantas personas em um só corpo, que por vezes me olho no espelho e não me reconheço.
Já chorei de medo de mim mesma, por quantas vezes me acalentei, sufoquei meus gritos, não me permiti chorar, fugi dos que me amavam.
Tenho medo de todos, mas não temo ninguém mais do que temo a mim. Sou imprevisível, laica, absurda.
Sou um corpo que morre todo dia, para acordar bem noutro dia. Mas não me satisfaço com os amanhãs, uma voz quase inexistente grita lá do fundo, anime-se, enquanto muitas vozes fortes e ruidosas riem-se, desdenhando dela.
Por isso nem tente definir o que sou, se sou triste, se sou desesperada, se sou completa e verdadeiramente lúcida.
Nem eu sei de mim.
Sou a mistura de todas as minhas verdades, com todas as minhas mentiras, vícios e fraquezas.


DIREITOS AUTORAIS E A PROPRIEDADE INTELECTUALCopyright © 2006. É proibida a venda ou reprodução de qualquer parte do conteúdo deste site. Este texto está protegido por direitos autorais. A cópia não autorizada implica penalidades previstas na Lei 9.610/98.
Convido você leitor, para que visite meu blog:
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quinta-feira, outubro 12, 2006


Não vou dizer que sou movida pelo Mal, mas digam que não é mais divertido que o Bem. Não me vejo vestida de branco (até por que branco engorda) fazendo-me de anjo e tocando uma harpa, vejo me mais vestida de negro, com asas enormes e garras felinas, como as harpias, voando livre para fazer o que bem entender.
O Mal não tem muita regra, enquanto se for praticar o Bem terei que seguir uma imensidão delas e odeio obrigatoriedade, autoridade, diga-se de passagem, sou liberta, nasci sozinha e vou morrer assim, então neste intervalo quero mais é saber de mim, nada dessa história de morro por ti, morrerias por mim, blá, bla, blá. Isso pra mim é baboseira romântica e já saiu de moda faz tempo, sou minha.
Não morro por ninguém, até por que acredito que ninguém desperdiçaria sua vida por mim, nem quero.
Carrego só os meus fardos, que já são pesadíssimos, nem me preocupo com a vida alheia, por achar que já tenho problemas demais! O que comer, o que vestir?
O que posso dizer para uma, para que não morra de enfarte?
O que posso dizer a outra para que não cometa suicídio? E sem querer me preocupo. Não sou uma homicida ou uma mulher de todo ruim, contando que não me afetem, pois se mexerem comigo terão o troco em dose acentuada, e não é uma ameaça pura e simples, é uma advertência:
“Ministério da saúde adverte: Larissa Marques faz bem à saúde, quando amiga. Quando inimiga é Perséfone”.

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